O que move o ciúme? A carência?
Seria o ciúme alimentado por uma carência de atenção? Ficamos com essa sensação de ‘medo de perder’ porque, por alguma razão, não estamos recebendo a atenção que costumamos receber – dessa ou daquela pessoa? Se isso faz sentido, então não é a carência que move o ciúme?
Esses dias estava conversando com uma menina aqui no trabalho que se diz ciumenta. Ela veio dizer que se sente enciumada quando percebe que não é o centro das atenções daquelas pessoas que considera mais. Aí, no meio do papo, um cara que senta próximo de nós se meteu na conversa dizendo que tem ciúmes da namorada dele quando ela começa a sair por aí fazendo programas que, aparentemente, são normais mais não o convida – tipo shopping, cinema, barzinho com as amigas.
Já eu sinto ciúmes quando o namorado faz coisas que não me conta. Qualquer coisa, seja ela importante ou não. Se ele esquece de me contar antes ou depois eu fico toda enciumada e triste. Talvez também seja um tipo de carência, sei lá. Se ele não me contou é porque não sente, necessariamente, vontade de partilhar as coisas comigo… ou algum outro pensamento inconsciente que siga essa linha.
O ciúme endurece o coração. Resseca. Faz os vasos racharem e permitem que o sangue transborde. A pele fica áspera. Espeta. O ciúme machuca, fere, entristece, angustia…
Para que serve isso afinal?