Perigoso ou feliz

2 02 2009

Ontem estive pensando sobre a interferência das pessoas nas nossas vidas.
Mesmo que não conheçamos este ou aquele indivíduo, eles têm um poder enorme de mexer e mudar nossas vidas. Gratuitamente.

Estive em São Paulo neste final de semana.
Fui para um casamento de pessoas que não conhecia. Amigos do namorado e tal…
No geral, foi tudo ótimo e divertido. Na volta para casa, de carro, sofremos uma batida no lado do carona (diga-se de passagem, o meu lado) e tudo parou.

Buzinas, carros desviando para a contra-mão, impacto, cabeças batendo, dor, susto, placas de carro sendo anotadas, lamento, irritação, stress, policiais militares, B.O., acionamento de seguradora, cansaço, 429Km de estrada.

Depois passei uma boa parte da viagem de volta de SP pensando em como o acidente poderia ter mudado completamente a minha vida, a vida do namorado, a vida da moça cega que não viu o nosso carro passar na frente… Só para esclarecer, a idéia desse fluxo de pensamentos não é auto-comiseração, de forma alguma.

Apenas estou com isso na cabeça (além do galo que ficou com a batida). Diariamente interagimos com pessoas desconhecidas. Na maioria das vezes essa interação passa desapercebida. No entanto, eventualmente, nossas inserções na vida alheia são marcantes, significativas, definitivas…

Mas, só nos damos conta de quando é vital.

Enfim, sã e salva. No entanto, pensando em como estamos sujeitos às interferências dos outros… e o quanto isso pode ser perigoso ou feliz.





Fazer ou não fazer ‘a social’?

4 12 2008

viagemViajar com os amigos é o que há de melhor. Opção certa de diversão. Mas, hoje, estou numa situação complicada. Vamos a um casamento no interior de um estado aí. Daqui lá são nove horas de estrada.

Desse casamento, eu não conheço os noivos. Só os vi uma vez. Mas, são grandes amigos do namorado. Então…
Os companheiros de viagem, também não são exatamente meus amigos. São, também, amigos do namorado. Tudo gente muito boa. Engraçados, companheiros, quase irmãos – tenho percebido. Com certeza me querem bem, mas… não são meus amigos. Entende?

O grande dilema de hoje é: todos parecem querer viajar de madrugada para chegarmos lá de manhãzinha, termos tempo de descanso antes do banquete matrimonial. Tudo bem, até concordo. Só que são nove horas. Fato que, depois de uma semana inteira de trabalho estaremos todos cansados. Ficar acordado numa estrada lá pelas 3 horas da manhã não vai ser nada tranquilo de se fazer. Confio plenamente na versão motorista do namorado. Mas, e todas as outras pessoas que estarão na estrada neste momento… serão elas confiáveis?

Não tenho problemas em viajar à noite. O lance é virar a madrugada no volante. Cheguei a sugerir irmos só de manhãzinha bem cedo. Enfim… vale a pena fazer essa social? Preciso mesmo ir? As pessoas realmente acham que somos anti-sociais quando faltamos eventos ou nos privamos de momentos em grupo?

Só queria descansar. Ficar em casa em segurança. Dormir.