Ontem estive pensando sobre a interferência das pessoas nas nossas vidas.
Mesmo que não conheçamos este ou aquele indivíduo, eles têm um poder enorme de mexer e mudar nossas vidas. Gratuitamente.
Estive em São Paulo neste final de semana.
Fui para um casamento de pessoas que não conhecia. Amigos do namorado e tal…
No geral, foi tudo ótimo e divertido. Na volta para casa, de carro, sofremos uma batida no lado do carona (diga-se de passagem, o meu lado) e tudo parou.
Buzinas, carros desviando para a contra-mão, impacto, cabeças batendo, dor, susto, placas de carro sendo anotadas, lamento, irritação, stress, policiais militares, B.O., acionamento de seguradora, cansaço, 429Km de estrada.
Depois passei uma boa parte da viagem de volta de SP pensando em como o acidente poderia ter mudado completamente a minha vida, a vida do namorado, a vida da moça cega que não viu o nosso carro passar na frente… Só para esclarecer, a idéia desse fluxo de pensamentos não é auto-comiseração, de forma alguma.
Apenas estou com isso na cabeça (além do galo que ficou com a batida). Diariamente interagimos com pessoas desconhecidas. Na maioria das vezes essa interação passa desapercebida. No entanto, eventualmente, nossas inserções na vida alheia são marcantes, significativas, definitivas…
Mas, só nos damos conta de quando é vital.
Enfim, sã e salva. No entanto, pensando em como estamos sujeitos às interferências dos outros… e o quanto isso pode ser perigoso ou feliz.