Estou começando a achar que a curiosidade gera o ciúme.
Sentimos ciúme daquilo que achamos que é, mas que não temos certeza. Então, enlouquecidos (loucura gerada pela curiosidade) em busca de uma resposta, começamos a querer saber mais e mais sobre a pessoa que nos desperta ciúme. Tolimos a liberdade dela e a do amor que sentimos – que, impreterivelmente, precisa ser livre.
Se sinto ciúme de você quero saber onde está, com quem está, fazendo o que, com qual roupa, se está usando perfume, de carro, se volta logo… Quando não tenho curiosidade a seu respeito, não me sinto muito agredido caso não saiba o que está acontecendo na sua vida a todo momento.
Se sinto ciúme quando você olha para alguém é porque não sei o que você está pensando durante o olhar. Se tivesse como saber talvez não me agredisse tanto. Se sinto ciúme quando viaja é porque não sei o que vai fazer no seu tempo livre. Se soubesse…
Acho que o grande motivador do ciúme é a curiosidade. Saciar essa curiosidade monstruosa, que de tudo precisa saber, seria mais ou menos como ‘dominar o mundo’ dos sentimentos interpessoais.
Logo, tenho uma teoria: Todo ciumento é, sem dúvida, um pouquinho curioso.
E, digo mais. Curiosidade mais ciúme é igual a liberdade negativa.
Cuidado!