Essas semanas que se passaram foram de total obsessão.
Perdi o controle de mim e das coisas que tenho em volta.
Engraçado.
Fiquei surpresa como me vi sensível a ponto de permitir que um filme que estava passando no cinema me levasse a um estado de prisão absoluta. Me permiti escravizar pela história até que percebi que havia perdido toda a minha sanidade.
É uma história de amor, que fala de um carinha que viaja no tempo e passa a vida toda de lá para cá no tempo. Lá para os 30 anos ele conhece uma moça por quem se apaixona, e vice-versa. Aí tudo começa.
A história fala mesmo da moça. E da grande espera que se torna a vida dela quando ela escolhe amá-lo de verdade. Sei lá o que houve, ou em qual parte disso tudo, que eu espelhei minha história de namorado morando longe, com esse esquema de ‘a esposa do viajante do tempo’. Sei que me perdi completamente.
Fui ao cinema quatro vezes assistir o filme. Assisti o trailer mais de 20 vezes, o videoclip mais de 50 vezes, no youtube assisti os ‘behind the scenes’ disponíveis, entrevista dos atores… e por aí vai. Obviamente, obriguei o namorado de ir ver comigo, num desses nossos reencontros. Ele chorou e saiu do cinema dizendo que era o ‘meu time traveler’. Talvez tenha se identificado com a historia também.
No fundo, no fundo a história não se assemelha em nada com a minha. Meu namorado não viaja no tempo, eu não viajo no tempo. Ele não vinha me visitar quando era criança já me conhecendo no futuro ou barbaridades afins. No filme os personagens pouco tempo passam separados. Mas, talvez, a distância esteja tão explícita, ainda que escondida, que essa sensação de saudade permanente tomou o nosso coração de um modo tal que nos obcecamos pelo romance.
“What do you wanna talk about? How bad it feels to seat here and wait for you?” (Clare Abshire)
Li o livro. E continuo procurando coisas sobre o filme na internet. Leio foruns…
Agora me sinto um pouco mais liberta, mas me vi viciada pelo longa.
Palmas para esse diretor que conseguiu tornar tudo tão encantador assim. Agora entendi porque cinema é uma arte. Sentir (pelos sentidos) o filme me fez experimentar tantas coisas, tantos sentimentos diversos… foi (tem sido) uma experiência curiosa e intrigante.
No geral, muito prazerosa e dolorida.
O DVD sai em fevereiro.
Comprarei.